quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Síntese sobre a visão de vários autores sobre GRUPOS.




A psicologia social versa estudar o comportamento do individuo em detrimento da dinâmica sociedade. Através de fatores internos e externos, forças, conexões, ocultas, aparentes no grupo social.
Em detrimento, o grupo social pode ser formal ou informal, contínuo, pautado em interesses comuns, também instáveis, podendo conter referencias positivas ou negativas.
Ademais, científicos ressaltam teorias do campo psicológico. Kurt Lewin destaca que o comportamento do indivíduo depende das mudanças que ocorrem em seu espaço de vida, ou seja, oriundo de forças (vetores) com cargas (valências) positivas ou negativas. O comportamento do indivíduo mutável conforme os fatores sociais. Em suma, o seu pensamento sobre o comportamento social resulta da inter-relação de tais entidades. É o resultado da distribuição destas forças em todo o campo.
Nos estudos de Moreno, introduziu terminologias próprias em dinâmica de grupo: psicodrama; sociodrama; sociometria; desempenho de papéis etc. É considerado um dos iniciadores do trabalho de grupo.
Ressalta como as escolhas interpessoais podem ligar o grupo às pessoas, como os grupos sociais são formados, a partir da identificação psíquica das características sociais. Desse modo, ressalta os métodos destinados a desvendar a estrutura socioafetiva dos grupos e a estudar a sua dinâmica para descobrir a estrutura íntima.
Nessa vertente, faz refletir quais as origens evidentes e ocultas das características que impulsionam a constituir ou participar de grupos. Moreno, ressalta canais de comunicação informal e atitudes inatas que movem os indivíduos a grupos.
Herbert Kelman destaca a influência social. Através de processos que influenciam a atuação do indivíduo, como a complacência, atitude ou a opinião que outra pessoa ou grupo desejam para conseguir reação favorável. Essa influência é originada também pela identificação, cujo indivíduo adota uma atitude ou opinião por identificar com o grupo, incorporando-a. E também por internalização, o individuo adota uma atitude como sendo sua.
No contexto de Thibaut e Kelley, teoria da economia popular, ressalta que o membro decide adotar determinado comportamento, baseia-se no equilíbrio entre a recompensa e o custo para tal comportamento, uma interação voltada a expressar um comportamento que lhe proporcione recompensa.
Já W. R. Bion enfatiza que o comportamento do grupo nos fatores emocionais: combatividade, fuga, parceria e dependência. Ou seja, movido por emoções, de forma colaborativa, compatibilidade de opiniões, vivencias e cooperação.
Para Bales, o grupo é oriundo de fatores externos; controle Instrumental: designação de tarefas, tomada de decisões e desempenho de atividades. Expressão e Administração de Sentimentos: satisfação e insatisfação, antagonismos, tensões. Desenvolvimento e Manutenção da Integração: satisfação com o próprio grupo e sensação de camaradagem entre os membros.
Teorias ressaltam características peculiares, podendo definir os principais tipos de grupo: Grupo de Treinamento (visa a aprendizagem); Grupo de Trabalho (execução de tarefas e solução de problemas); Grupo de Terapia (analisa as razões íntimas); Grupo de formação (T group) Mailhiot (comunicação); Grupo centrado em si mesmo (membros informam ao grupo seus sentimentos e percepções a propósito da própria situação do grupo); Grupo de encontro (grupo pequeno de participantes que, com a ajuda de um facilitador ou líder, dentro de um clima de liberdade de expressão); Grupos Formais (trabalho, diretrizes: normas, diretrizes, regras e planejamento); Grupos informais (surgem espontaneamente); Likert (participação no delineamento de metas); Grinberg (grupo psicológico é a pluralidade de pessoas que, em momento determinado, estabelecem relação precisa e sistemática entre si); Bion (terapia de grupo pode ter dois significados: referir-se ao tratamento de certo número de pessoas, ou a um esforço planejado para descobrir as forças); Deleuse e Guattari (Transversalidade ); Lapassade (análise institucional ou Socioanálise); Gregório Baremblitt (considera a dinâmica originária do campo de vida social).
Frente às teorias enunciadas sobre grupos sociais em psicologia social, são estudos que indaga entre razões evidentes, ocultas, forças e vertentes que motiva a participação de grupos. Explicações que denotam os fatores biológicos, sociais e psíquicos, dos grupos e da necessidade do ser humano em participar do convívio frenético e dinâmico.


Joao Manoel

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