quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Escolhas e Princípios

Cada um é capaz de traçar o seu próprio caminho.

                No texto de Kanitz, Volta as aulas, é perceptível a diferença que um método de ensino pode trazer, o autor relata sobre o sistema de ensino centrado no aluno, este  exige que os alunos tomem decisões para resolver problemas administrativos, ou seja, os alunos precisavam sugerir estratégias para solucionar os problemas propostos.
     Um fato curioso que chama atenção é que os melhores professores do mundo passavam a maior parte das aulas sem falar, neste modelo os alunos eram incentivados a participar ativamente das aulas, isto difere do modelo educacional que estou acostumada a ver. Encontrei um texto de Paulo Freire na qual faz menção a educação libertadora,  em que através do diálogo com o educador o educando também se educa, os  problemas permitem que os educandos sejam desafiados a compreender a interdisciplinaridade e atuar de forma critica e desalienada, pois o conhecimento não é algo petrificado. Este conhecimento corrobora com a afirmação de Kanitz quando este relata que a maioria das decisões na vida são  provenientes de problemas que ninguém enfrentou. Em dois anos o mesmo se deparou com mais de mil casos que o obrigou a observar e trabalhar com diversas variáveis, ponderar as contradições, testar diversas alternativas e expor de forma concisa as decisões.
      Após ler o  texto Fazer o que se gosta, do mesmo autor, veio-me um questionamento, Fazer o que se gosta ou Gostar do que se faz? Bom, fazendo um breve relato sobre o que seria Trabalho, é perceptível  e notório quanto ao seu significado, pois na sociedade em que vivemos esta atividade tornou-se por natureza, o lugar onde o homem pode aprender e desenvolver seus conhecimentos, colocando-os em prática e sendo uma atitude consciente e social do ser humano na qual este é o agente  transformador do meio em que habita de acordo com as suas necessidades. Mas o que levaria nós seres, a sair todos os dias para realizar atividades  laborais, muitas vezes fatigantes e exaustivas?
Simplesmente devido ao fator dominante - Qualidade de vida- , pois este afeta o modo complexo de saúde física do individuo, pelo seu estado psicológico, suas relações sociais, seu nível de independência  dentre outros princípios básicos, portanto uma resposta ampla que concentra as condições que são fornecidas ao sujeito para viver como ele pretende. Quando Kanitz diz: “ Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário” . Eu  vos digo,  fazer o que se gosta como forma de trabalho e ganhar a vida é sim, um dos objetivos primórdios da grande maioria da população, mas nem sempre traz aquilo que almejamos, o mercado de trabalho é exigente e cruel, e não nos permite vivermos num mundo Utópico, se conseguirmos conciliar fazer o que se gosta com o que o mercado pede, ótimo, mas independente há funções que são necessárias para a manutenção da boa vida na sociedade e no mercado da demanda e procura, existem pessoas que usam do motivo SOBREVIVÊNCIA,  e seguem caminhos não por escolha mas por precisão e tornam-se bons nas atividades que este realiza, na verdade ele aprende a gostar, o que não é muito difícil quando se tem necessidades básicas como: alimentação, moradia, vestuários e claro, uma Família. O autor descreve que ensinar fatos e teorias é de pouca utilidade, portanto o mesmo recomenda que aprender a  pensar e tomar decisões são competências importantes para os jovens do mundo moderno.
      E para finalizar no texto Ambição e Ética, Kanitz nos faz refletir sobre a importância da Ética tanto profissional quanto pessoal, que particularmente andam de mãos dadas. Quanto criança, temos um mundo de escolhas e aprendizados, cada um educa de um modo, e o nosso caráter aos poucos vai sendo formado.  Daí crescemos, e passamos a adquirir enormes responsabilidades, sonhamos alto, queremos construir a nossa vida, e por que não ter a casa dos sonhos? O emprego dos sonhos? E a tão sonhada conta bancária bem provida de algumas cédulas monetárias ? Tudo isso em prol de uma melhoria na Qualidade de vida, isso faz com que muitas pessoas criem uma ambição em torno de seus objetivos, e para isso estão dispostos a fazer de tudo um pouco, superando até a sua ética. O que seria ética? Sua moral, costumes, a sua Consciência! Vivemos em um mundo, que a concorrência é exorbitante, dinheiro é bom é, mas não é tudo na vida, se observássemos as crianças da áfrica, que mesmo com toda a dificuldade são felizes com pouco, as crianças do lixão? Que aprendem desde cedo a importância dos resíduos do lixo, como utiliza-la, e qualquer roupa, comida, e até brinquedo que encontram alegram-se, e sabem viver assim como as africanas com pouco ou quase nada, enquanto existem seres que procuram escolher o que querem.
    Portanto, após ler os três textos passei  a refletir em contra partida sobre o ensino na universidade, pois se houvesse discussão de problemas , se os alunos fizessem o que gostam e se houvesse ética o conhecimento adquirido nas universidades seriam muito mais ricos e formariam profissionais ainda melhores. Logo em seguida, me vem a questão, a escolha da carreira em qual seguir, e por que escolher tal carreira? Qual o fator, a remuneração, influências dos pais, vocação? Bom, creio que talvez a busca por um objetivo maior, a Qualidade de Vida, o não querer manter a vida que se tem, ou melhorar, ou a típica acumulação de riquezas, ter ambição é bom, vale salientar, ambição é diferente de ganância, e é preciso ter cuidado para não confundir os dois princípios.
    Muitos são os fatores que influenciam na qualidade de vida e os mais importantes dependem de cada um de nós, da nossa visão do ideal, da nossa herança familiar e cultural, da fase da vida em que estamos, da nossa expectativa em relação ao futuro,  das nossas responsabilidades, das nossas possibilidades, do ambiente, da visão que temos do mundo e da vida dos nossos relacionamentos, etc.  A qualidade de vida do ser humano no sentido amplo da expressão, somente é compreendida se for captada nas suas múltiplas dimensões como a vida no trabalho, a vida familiar, a vida na sociedade, enfim, em toda a vida.
                                      Ana Caroline Monteiro

Kanitz.




Ao analisarmos a sociedade atual que se alto denomina como sociedade do conhecimento, sendo que conhecimento não é sinônimo de competência, mas o que fazemos dele. O conhecimento é pessoal, pode ser difundido, mas não transferido de um ser humano para o outro. Assim sendo, o conhecimento é uma forma de ampliar seus limites e criar novas potencialidades, numa junção de aprender a prender.
O ser humano é uma espécie que muda constantemente, sendo o desenvolvimento a essência de sua vida. Dessa forma, a relação do homem com o meio passa a ter duas tendências: determinista (o homem é fruto do meio geográfico) e a possibilista (o homem é capaz de reagir a determinadas influências do meio). Em face de tais divergências de conceitos, os textos de Stephen Kanitz, ressalta sobre responsabilidade, algo difundido atualmente, pois um bom profissional é aquele que cumpre com seus deveres, que tem disciplina e ética.
Kanitz abordar no texto “Volta às Aulas”, de maneira clara e sucinta, baseado em fatos por ele passado em sua vida acadêmica, fazendo uma critica as políticas educacionais ao descrever: “As aulas que eu estava acostumado em toda a minha vida de estudante consistia nem bando de alunos ouvindo pacientemente um professor que dominava as nossas atenções pelo resto do dia”. “Outra descoberta chocante foi constatar, que a maioria dos famosos livros de administração de nada servia para resolver aqueles casos”. Segundo o autor a educação não se limita apenas em teorias, é preciso aprender a pensar e tomar decisão, pois fazemos escolha desde aquelas que fazem parte do dia-a-dia, e que de certa forma ela venha a impactar nas nossas vidas. Vivemos em uma sociedade globalizada onde se faz necessário determinadas competências para inserção no mercado.
No texto “Fazer o que gosta” relata de forma geral as indecisões dos jovens quando o assunto é a escolha de uma determinada profissão. “Empresas pagam a profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que o funcionário gostaria de fazer que normalmente seja jogar futebol, ler um livro ou tomar um chop na praia”. “O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.” Deste modo é compreensível que o autor aborda certo conflito na tomada de decisão dos jovens quanto à profissão a seguir, mostrando que o fator gostar não é fator determinante, e que fazer bem feito é o diferencial, pois o mercado possui suas próprias regras o que pode te limitar no apenas “fazer o que gosta”.
Já no texto “Ambição e Ética”,quando ele fala “A maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética.”.  A ambição é inerente ao ser humano uma vez que é propulsora para atingir os ideais, desde o momento que não ultrapassem os padrões éticos.
Em face do exposto, uma reflexão sobre a ação do ser humano na sociedade do conhecimento, pois ser metacompetente é interagir e criar, e acima de tudo fazer com que novos saberes surjam em beneficio de uma sociedade mais justa e igualitária. A principal finalidade do comportamento metacompetente é a construção de um mundo melhor através de pessoas melhores. Que por meio de seu trabalho possa promover a mudança social, pois se não o houver de nada terá valia ser competente. A ética, o respeito ao ser humano serão uma das formas de diferenciar um profissional que conseguiu alçar a metacompetência dos que não o fizeram.
Enfim, o mais importante é perceber que não podemos mais enxergar uma profissão de sucesso sem alcançar a metacompetência, a ética e o conhecimento pessoal.

João Manoel.